Localizado sobre a Avenida Callao 501, o Bar Los Galgos é um dos Bares Notáveis* de Buenos Aires que, com sua arquitetura, é capaz de transportar qualquer pessoa à algumas décadas atrás.

Inaugurado em 1930, recebeu escritores, músicos, políticos e outras figuras famosas. O ambiente é super tranquilo e famíliar, passar pela porta desse restaurante faz com que todo o caos da cidade grande desapareça e a comida caseira dá um toque mais especial ainda.

Me deparei com senhores lendo o jornal, famílias almoçando tranquilas e jovens escritores com seus bloquinhos. Atualmente, o primeiro andar serve como um lugar para apresentações literárias e culturais.

O atendimento foi super rápido e todas as vezes que fui a comida era abundante e deliciosa. Nas fotos abaixo você pode ver um homem lendo um livro tranquilo e o outro estava assinando o seu livro recém publicado para o seu amigo (escutando a conversa dos outros? Não, magina, apenas curiosidade). Depois de tantos anos o lugar continua sendo um grande atrativo para escritores e leitores.

Se você está procurando um lugar para comer comida típica argentina em um ambiente boêmio, esse é o lugar certo! Na carta eles possuem o menu do dia que vai mudando, costuma ser uma boa opção já que inclui a comida, bebida sem álcool e um café, atualmente o preço está $12.500 (aproximadamente R$51 – valor agosto 2024).

O restaurante oferece diferente opções para café da manhã, almoço, chá da tarde e jantar. Para quem gosta de tomar, eles também possuem várias opções de coquetéis, vinhos, destilados e outros aperitivos.

Não consigo expressar com palavras a paz que me traz ir a esse lugar, quase como se o tempo parasse e por mais que esteja em uma avenida movimentada, juro que não escutei nada além das famílias ali dentro. Muito aconchegante e acolhedor. 

Recomendo muito ir durante o dia, já que de noite o lugar enche de gente e até fazem fila para entrar! Nesse caso o ambiente é mais ruidoso pela quantidade de gente, mas te todas as maneiras, o atendimento é impecável.

Endereço: Av. Callao 501.

Horário: segunda à quinta de 08:30 a 00:00, sexta de 08:30 a 01:00, sábado de 10:00 a 01:00.
Site oficial (dá para fazer reserva): Bar Los Galgos – Bar notable de Buenos Aires 

Whatsapp: +54 9 11 6252-3947

Instagram: @losgalgosbar

*Os Bares Notáveis são em total 50, localizados dentro da Cidade de Buenos Aires que têm como característica serem os mais representativos da cidade, a maioria deles são reconhecidos como Patrimônio Cultural da Cidade de Buenos Aires pela sua história e permanência no tempo, além da sua contribuição cultural e desenho arquitetônico. Deixo aqui o link com a lista dos Bares Notáveis:

Imagem sob licença Creative Commons por RicardoK5768

Sorri fraco, já conformada com as experiências que tive. Havia me resguardado tanto, escolhido tanto e me dedicado tanto só para ter o mesmo resultado uma e outra vez.

Tomei um gole da minha coca gelada, sentindo o gás efervescer a minha alma e a culpa de estar tomando algo com tanto açúcar, algo que eu estava evitando nos últimos tempos. De toda aquela mesa, eu era a nova solteira, todas as outras em uma mistura de casadas, namorando e convivendo.

Tomei outro gole desejando que pudesse tomar um pouco de álcool como uma pessoa normal para não ter que escutar como suas vidas iam de vento em popa, ou pelo menos que pudesse dissociar um pouco.

— É que amar não é fácil. — Uma das minhas amigas deixou escapar no meio da conversa.

Mas deveria ser, não?

Tudo bem que há os seus pontos altos e baixos, relações humanas são complexas, mas o compartilhar com uma pessoa que amamos não deveria ser difícil, construir juntos, se divertir, ter um companheiro ao seu lado para o que der e vier, um apoiando o outro e também saber quando deixar ir.

Sacudi a cabeça percebendo o quanto havia entrado em devaneio. Agucei os ouvidos e o único que desejava era sair daquela mesa levando o hamburguer gourmet sobrestimado para casa e ver algum filme debaixo das cobertas.

Então a vida tão perfeita, já não parecia tão mágica quando uma delas começou a dizer que gostaria de se separar, mas não o fazia porque já estava muito velha para voltar ao “mercado” e não pensava em afastar o filho do pai, porque apesar de ser um péssimo marido, era um bom pai.

Escutei a outra suspirar, dizendo que o seu marido passou por cinco anos de adestramento para ser o que era hoje, mas que isso envolveu muitas brigas e situações nada agradáveis, mas que agora ele se responsabiliza pelos filhos e divide as tarefas de casa.

Logo outra concordou, contando que teve que ameaçar ao namorado para que começasse a fazer as coisas na casa e dividir as tarefas, que não podia ser possível que ele estivesse o dia inteiro jogando no seu Playstation e ela fazendo tudo sozinha para ambos.

— Isso é amor, estar juntos com todos os defeitos e qualidades. — A mais velha do grupo abriu um sorriso com os olhos brilhando, como se estivesse cega por esse “amor”.

— O meu até aprendeu a usar a máquina de lavar, ele vai e lava a roupa. Depois eu vou e penduro, porque ao parecer, ele não tem a capacidade de terminar o trabalho de pendurar e depois dobrar quando estão secas.

Não pude controlar e revirei os olhos, já com o copo vazio e com uma vontade de me meter em um buraco.

— Eu não me separo porque não tenho para onde ir. — Outra comentou rindo. — Quando nos mudamos, eu vendi tudo, teria que comprar tudo de novo e não tenho dinheiro para isso. É mais fácil domar a criança, ele está aprendendo, outro dia até fez o jantar para a gente e me comprou flores.

Outra revirada mais de olhos e dessa vez um copo de sprite light para que a minha nutri não me dê bronca depois.

Revisitei meus relacionamentos passados, percebendo que em alguns deles havia feito o mesmo, me colocado nesse lugar de mãe, de ensinar, ameaçar ou diretamente fazer de tudo pelos dois, enquanto eles não tinham uma preocupação e depois estavam se engraçando para cima de outra.

E quando encontrei um com quem poderia compartilhar igualmente a vida, um que eu não era a “mãe”, ele não soube estar do meu lado em momentos difíceis, não soube lidar emocionalmente e preferiu focar-se na sua carreira do que naquilo que tínhamos.

No final só fica essa sensação de vazio e você pensa em todo o esforço que teve que fazer, no tempo perdido para um outro que nunca quis ser um igual. As feridas e os traumas cada vez maiores, o medo de se vincular novamente e ser usada.

Uma carga mental, física e emocional.

Eles têm tão pouco a perder, porque sempre deram menos... se dedicaram menos... fizeram menos... E eu já perdi muito para dar o pouco que sobrou dentro de mim.

— Eu já não acredito no amor — deixei escapar mais uma vez em um transe, lembrando de como amigas de outro grupo foram deixadas e que não estavam aqui nesse momento para contar. — Não porque eu não queira acreditar, mas o cansaço é tão grande que prefiro poupar meu tempo antes de me envolver em algo que só me trará dor de cabeça. Não quero ter que ensinar ninguém a ser funcional, se eu pude aprender sozinha por que eles não? Não quero ser a mãe a mãe e nem cuidar da vida de alguém da mesma idade que eu. Não quero ser responsável por um outro que nem pode subsistir decentemente sem a presença de uma mulher, essa não é a minha responsabilidade. Eu nem consigo lidar com a minha própria vida, imagine a de outra pessoa.

Não quero alguém que jogue a vida em minhas mãos, que reclame que não cozinhei, limpei ou lavei, quero alguém que possa compartilhar a vida, dividir tarefas, fazer coisas juntos e não que lave as mãos de toda a responsabilidade da convivência.

Se amor é e sacrificar por um outro que se sente na liberdade de me trocar por qualquer rabo de saia ou pelo trabalho, então prefiro não acreditar nele.

— Mas todo mundo sabe que é assim. Meus pais eram iguais, a única coisa que mortificavam divórcio, por isso estão juntos até hoje, mas não se aguentam.

Bufei sem acreditar.

— Nesse caso, eu prefiro estar sozinha e me escolher. — O silêncio se fez na mesa e os olhares estavam sobre mim. — Prefiro dedicar minha vida a mim mesma, nas minhas conquistas, nas minhas coisas. O meu tempo é só meu. Eu quero ser a prioridade e não um homem por aí que não pode nem lavar a própria cueca e quer dar uma de machão em uma empresa. Quer ser o chefão, mas tem a mesma autonomia de uma criança de sete anos... Quero paz e não brigas por uma louça suja não lavada à três dias porque o senhorito tem nojo de comida molhada.

Me venderam uma história bem diferente sobre o que era o amor, era essa a história que eu queria, mas no fim é só isso, quase um mito.

— É pegar ou largar, amiga.

— Sinceramente? Eu prefiro largar e ser livre, não quero estar atada a um peso morto que o único que é capaz de fazer é dar um pouco de prazer físico, uns presentes, toque físico e compartilhar as contas da casa. Isso quando lembram de datas especiais e preparam alguma surpresa, porque alguns nem se dão ao trabalho disso. Agora, se me dão licença, ao invés de ficar reclamando de homem, eu vou para casa.

— Algum dia vai chegar alguém que vai fazer você mudar de ideia.

— Assim espero, mas esse dia não é hoje. Tchau meninas.

Deixei sobre a mesa o valor da comida e das bebidas, arrumei a bolsa sobre o ombro e saí andando um pouco mais leve. Me abracei ao sair do restaurante, porque no fim do dia, sou eu por mim e sei que sou tudo o que tenho no final do dia. 

La Parolaccia é uma das melhores cadeias de restaurantes de comida italiana em Buenos Aires. É a minha opção favorita para me dar um mimo quando quero uma boa massa caseira com qualidade de ingredientes, um sabor magnífico e um atendimento impecável.

É um lugar refinado com um ar agradável e acolhedor, muito recomendado para um jantar romântico (fica a dica) já que as luzes do ambiente costumam ser amenas e a música é muito tranquila.   

O lugar costuma ter seus preços bem elevados, por isso recomendo mais para ocasiões especiais. Há uma carta com variedade de entradas, pratos principais e sobremesas, mas se você quer comer algo gostoso e economizar, conto o segredo de milhões que é o Menu Parolacho, nem todos sabem que ele existe, mas com certeza as mesas próximas à você ficarão chocadas com a quantidade de comida que você estará recebendo na mesa! (Já aconteceu comigo, um casal de velhinhos com os olhos esbugalhados ao ver que eu tinha entrada, prato principal, sobremesa e cafezinho com petit fours).

O Menu Parolacho funciona da seguinte maneira: você paga um valor fechado de uma carta com pratos limitados, geralmente possui quatro opções de cada seção que você pode escolher (ou seja, quatro opções de entradas, pratos principais e sobremesa), nele está incluído: aperitivo (uma cesta com pães, algo para untar e um Campari), uma bebida por pessoa (água ou refrigerante), um vinho a cada duas pessoas, entrada, prato principal, sobremesa acompanhada de petit fours, café ou chá, e por último uma taça de limoncello. Esse menu compensa muito mais que pedir os pratos de maneira avulsa, o único é que você se limita às opções que estão nele, de todos os modos, eles são pratos abundantes. O valor atual (julho de 2024) está $29.500 pesos argentinos, ao redor de R$115, porém costuma variar de acordo com o tempo.

Instagram: @laparolaccia

Endereço: Barrio Norte (Riobamba 1046), Pilar (Panamericana km42), Belgrano (Avenida Libertador 5836), Puerto Madero (Alicia Moreau de Justo 1052), Palermo (Cerviño 3561), San Isidro (Avenida Libertador 14621) e Recoleta (Pres. Roberto M. Ortiz 1865).

Fui procurar inspiração no Pinterest, mas a maioria dos aniversários eram de fora, havia muita coisa interessante para fazer. Só que eu, como uma boa brasileira, precisava traduzir isso para um clima mais festinha BR. Então lá fui eu usar a minha imaginação (infelizmente nada de fish fingers and custard).

Se você também está pensando em fazer o seu aniversário com essa temática, mas não tem nenhuma referência BR, pode pegar a sua Tardis e vir comigo!

E segure bem onde você puder, porque esse post vai ser longo.

Decoração:

Fui a uma loja de artigos de festa e comprei bexigas azuis e prateadas, além de um desses sets que vem com bexigas transparentes e com formato de estrela e coração. Comprei bandeiras de “feliz aniversário” em dourado (se não quiser deixo aqui uma referência que achei muito legal, só que não tive tempo de fazer, que remete aos doutores). Também imprimi e recortei esse Dalek que achei muito fofo dizendo “Celebrate”.

Por último imprimi um Angel (com um QR Code atrás para uma atividade), mas lembre-se “the image of an angel becomes an angel”, imprima por sua conta e risco!

Na internet você vai encontrar o envoltório de cupcake em formato de Daleks que achei super legal, mas claramente eu não teria cupcakes no meu aniversário. Então resolvi imprimir vários Daleks, Tardis e Cyberman.

Você vai precisar de:

♥ Muitos palitos de dente;

♥ Impressora ou imprimir em algum lugar;

♥ Papel mais resistente (usei couché);

♥ Daleks, Cyberman e Tardis da sua preferência;

♥ Durex;

♥ Tesoura.

Como fazer:

1 - Recorte as imagens.

2 - Pegue os palitos de dente e com uma tesoura corte somente uma das pontas.

3 - Do lado sem a ponta, corte um pedaço de durex e junte com a imagem do Dalek, Cyberman ou Tardis.

4 - Espete onde quiser! No meu caso nos brigadeiros e beijinhos. 

Um dos personagens mais fofos! E quando você tira o papel, facilmente poderiam ser a Madame Cassandra (moisturize me!).

Você vai precisar de:

♥ Papel de seda ou embalagem de bala de coco branca;

♥ Bala de coco;

♥ Tesoura;

♥ Caneta preta.

Como fazer:

1 - Corte tiras de papel de seda (se comprar as embalagens já prontas, seria cortar as franjinhas).

2 - Envolva as balas de coco.

3 -  Faça as carinhas sorridentes.

Definitivamente foi o bolo mais difícil que eu fiz em toda a minha vida. Como aqui na Argentina não existe bolo de frutas, eu sempre faço o meu bolo e esse ano não foi diferente, talvez não tenha ficado como as referências, mas gostei bastante do resultado final. No seu caso, você pode pedir em algum lugar e se quiser se aventurar, como eu, aqui vai à receita.

Ingredientes:

♥ Duas caixas de bolo de baunilha;

♥ Frutas da sua preferência (eu escolhi pêssego, kiwi e morango);

♥ Chantilly (eu bati 4 caixinhas de 200cc);

♥ Corante azul e amarelo;

♥ Tardis de decoração (imprimi uma Tardis grande em papel couché e espetei com palito de churrasco).

Modo de preparo:

1 – Separe a clara dos ovos para fazer claras em neve.

2 – Siga a receita da caixa do bolo, misture bem e acrescente as claras em neve por último misturando sem bater (assim o bolo sai mais fofinho).

3 – Asse os dois bolos.

4 – Corte as frutas do tamanho que preferir.

5 – Prepare o chantilly (usei 3 caixinhas para o bolo inteiro com corante azul e uma caixinha dividi em dois para ter a cor branca e amarela).

6 – Corte ambos bolos pela metade, coloque o chantilly e as frutas, repita nas outras camadas. Uma vez terminado, cubra o bolo com chantilly azul.

7 – A parte mais difícil, pegue uma imagem de referência e decore com o chantilly branco e o amarelo. Eu utilizei uma espátula pequena e um palito de dente.

8 – Para terminar, com um bico de confeiteiro fiz a borda do bolo misturando chantilly azul e amarelo.

9 – Coloque a Tardis e outra decoração que quiser, coloquei o número 27 em dourado.

5.     Caça ao tesouro (Tardis).

Para completar o meu dia, com os meus amigos havíamos gravado um capítulo de Doctor Who para ver no meu aniversário (assim aqueles que não conheciam a série, ou seja, 99% deles, poderiam entender algo). Então fiz uma atividade para procurar a Tardis perdida.

A dinâmica funcionou da seguinte maneira:

1 – Entreguei uma carta escrita à mão que dizia basicamente “que alguém não tire os olhos do Angel, ele os levará até a próxima pista, mas vocês terão que usar a sua memória”.

3 – Eles encontrariam 3 enfeites de natal em cima de um envelope, ali dentro havia um abecedário Gallifreyan e um papel com algo escrito. Ao descobrir o que significava, encontrariam a palavra “exterminate”.

4 – Nesse caso era o Dalek que estava grudado na parede, atrás dele estariam algumas outras palavras também escritas em gallifreyan. Essas palavras formavam a frase “encontre o cybermen que chora”.

7 – No meu quarto (onde deixo a minha Tardis, aliás tem DIY dela aqui no blog), encontrariam um poster que tenho na parede com um post-it dizendo que não era essa, e encontrariam a minha Tardis que tenho na escrivaninha, debaixo dela estaria um aviso que a Tardis que procuram é menor e outro QR. Nesse caso era um vídeo onde dizia “vocês estão quase lá, procurem por aquilo que está conectado a todos os celulares e computadores”.

8 – Ao olhar debaixo do modem encontrariam uma minutagem, deveriam voltar no episódio que gravamos e analisar a cena.

9 – A cena era onde eu pedia para passar o bule.

10 – Foram até a cozinha e pegaram o meu bule, ali estava a minha mini Tardis.

Eu fiz as pistas escritas em gallifreyan com base nesse abecedário e depois fiz as palavras no photoshop, mas você pode usar um gerador de palavras disponível no Google.

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Uma publicação compartilhada por Ayumi Teruya (@pandinando)

E esse foi o meu aniversário de Doctor Who! Espero que tenham gostado, também deixo aqui uns “printables” disponíveis na internet que encontrei (há um modelo de caixinha para colocar pipoca com cara de Cyberman que é muito fofo). Além disso, também deixo as imagens que usei no meu aniversário se quiser imprimir: clique aqui.  

Se fizer um aniversário com essa temática, quero saber viu! Manda aqui para mim.