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E naquela noite, chorei.
Chorei de emoção ao sentir-me realmente amada como nunca
antes, quando me colocaram em um pedestal onde pensava que estava, mas nunca
estive, e a sensação de estar ali de verdade era muito boa.
Mas
era isso o que todos buscavam, não é? Pelo menos eu... Alguém que não tivesse
problema em gritar para o mundo o quão louco estava por mim, mas não
necessariamente com palavras e sim com gestos. Os mesmos capazes de me derreter
por inteiro.
Eu
já não sou mais os cinco minutos da ligação de alguém que só podia me chamar
enquanto esperava o ônibus para ir para casa e logo ao chegar desligava. Eu sou
os dez, quinze, vinte, trinta... uma hora de uma vídeo chamada onde podemos
olhar-nos nos olhos e saber que tudo aquilo é verdade. Que você pensa em mim,
assim como eu penso em você.
Já
não quero olhar para trás, só preciso olhar para frente e, ao seu lado, seguir
para um mundo de infinitos imprevistos, de encontros e desencontros, porque é
disso que se trata a vida.
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