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As dores.
O calor.
O frio.
Essa sensação estranha que revira o meu corpo de dentro para fora.
Esse fantasma que ronda o peito em busca de sair pela garganta, forçando
as cordas vocais como as barras de uma prisão feita de carne, de pele, de
gente...
As mãos enterradas na areia, o peso de cada grão trabalhando em conjunto
para compor o solo dessa biosfera.
Meu corpo, inteiro e dividido ao mesmo tempo, se pergunta quando as
ondas virão para levar aquilo que sinto e lavar a minha alma de água salgada
para libertar-me daquilo que sempre sonhei.
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