Imagem por Stevepv sob licença Creative Commons. |
Braços,
pernas, barrigas, bundas com estria, coxas flácidas que balançam ao andar.
Um
biquíni menor que o corpo ou um maiô que cobre tudo. Uma sunga apertadinha ou
um calção quase até o joelho.
Cabelos
ao vento de todos os estilos: liso, enrolado, ondulado, colorido, raspado, com
dreads ou tererês.
Roupas,
cangas e toalhas. Guarda-sol, sombrinha, viseira, boné e chapéu de palha.
Uma
pausa para viver.
— E
aquele corpo tão bonito da propaganda? — Se pergunta o leitor de cenho
franzido.
— Aquele
corpo? — Eu respondo. — Vem em diferentes formatos e tamanhos, em uma
diversidade infinita.
A magrela,
a gordinha, a cheinha. A com corpo de pêra, violão, melancia, morango, manga e
qualquer outra fruta que você quiser.
O alto,
o baixo, o pançudo e o tanquinho.
Todos no
mesmo lugar. Um corpo como o seu, como o meu. Aquele corpo de verdade com
celulites, dobras, manchas, pintinhas, com um coração que bate como qualquer
outro, com direito de aproveitar o sol, a água, a areia e o mar.
Corpo
como qualquer outro que vive, que se move, que fala e se expressa.
Se
expressa no olhar, no toque e naquele sorriso de satisfação por poder manter a
essência de verdade sem olhares tortos ou medo de críticas destrutivas.
O que
esperar se não a liberdade de ser feliz como se deve ser, e de poder tomar um bom
sorvete para se refrescar nesse lindo verão.
1 comments
Texto que nos lembra de que cada um tem um corpo diferente do outro e está tudo bem!
ResponderExcluirBeijinhos