Por favor, não deixem que volte esse cálice,
Aquele banhado em sangue
Dos jovens tão inocentes,
Que pintaram as calçadas de verde e amarelo.
Por favor, afastem de nós esse cálice,
O mesmo que mantém o veneno
De cinquenta anos passados.
Por favor, não deixem que bebam do cálice,
O amargo dulçor das mentiras,
Que escorre pela boca das víboras.
Por favor, não escutem esse cálice,
Que espalha um discurso de ódio,
Incapaz de amar a todos os filhos da pátria.
Por favor, não deixem.
Não o escutem.
Só o afastem.
Por favor, não deixem que as feridas do passado
Retornem mutilando as conquistas do presente.
Só afastem de nós esse cálice.