Pavê de maracujá, a receita que marcou a minha infância e se converteu em uma tradição familiar iniciada pela minha tia. Presente todo natal e/ou ano novo, o pavê de maracujá me traz memórias de tempos felizes.

Já fiz essa receita em três países diferentes e também para muuuuuuuuuuuitas pessoas, se você já comeu o meu pavê é porque você é uma pessoa muito querida ♥.

Então vamos lá, compartilhando minha receita secreta. (Falar que o ingrediente principal é amor, é muito clichê?).

Ingredientes:

Montagem:

♥ 100 g de chocolate meio amargo ralado grosso (geralmente uso 1 barra grande);

♥ 200g de bolacha maisena (uns 2 pacotinhos);

♥ 1 lata de creme de leite para fazer chantilly.

Creme:

♥ 1 lata de leite condensado;

♥ 1 lata de creme de leite sem soro;

♥ ¾ xícara de chá de suco de maracujá concentrado.

Cobertura:

♥ 1 xícara de chá de água;

♥ 1 xícara de chá de açúcar;

♥ ½ xícara de chá de suco de maracujá;

♥ 2 colheres de sopa de amido de milho.

Modo de preparo:

1 - Misturar os ingredientes do creme até ficar homogêneo (pode ser com fouet, liquidificador, mixer… o que for melhor e mais prático para você).  

2 - Levar ao fogo os ingredientes da cobertura até ficar transparente e deixar esfriar (aqui gosto de acrescentar as sementes para ficar mais bonito e decorar a sobremesa).

3 - Ralar o chocolate (recomendo deixar ele na geladeira ou congelador para ficar mais firme e poder ralar sem que ele derreta todo na sua mão).

4 - É hora de montar! Em uma tigela ou recipiente da sua preferência colo que o chantilly, a bolacha, o creme, chocolate ralado e repita a ordem. Costumo deixar a última camada sendo o creme para logo colocar a cobertura por cima.

5 - Leve para a geladeira e quando estiver frio, coma!

Extra:

Se sobrar creme ou algum outro ingrediente, você pode fazer a versão tacinha. Essa eu fiz com chocolate, creme e cobertura (aí já não é pavê, é tipo um mousse de maracujá né).

No tenés ni idea,

de cuantos poemas no escritos sobre vos

tengo en mi memoria.

Sin lápiz y papel a mano,

escribo entre pensamientos

y recuerdos de un casi algo.

Un casi nosotros.

No llegamos a serlo,

pero tal vez,

el destino quisiera que fuera así.

Mostrarme que todavía hay algo lindo ahí afuera.

No sé en qué momento

empecé a gustarte de verdad.

Y sé que, por eso, nunca dejé que accedieras a mi yo al 100%.

No conociste mi locura,

mis chistes malos,

mi risa escandalosa

o lo cariñosa que soy.

Conociste un lado más frío,

con miedo de entregarse

a algo que ya sospechaba desde el inicio

que tal vez no funcionaría.

No porque no fuéramos compatibles,

pero porque las señales de que no estabas preparado

siempre estuvieron ahí.

Y mi cuerpo lo sabía,

por eso no me abrí,

no dejé que mis sentimientos fueran más lejos.

Porque en el fondo yo sabía que no estabas listo

y que necesitabas descubrirte.

Pero me llevo las pocas cosas lindas,

como cuando empezabas a hablar de un tema que te gustaba sin parar.

Como movías tus manos al explicarme algo

O cuando me llevaste a mi restaurante favorito en aquella fecha especial

cuando nadie más lo hizo.

Gracias por haber sido ese casi algo.

Tal vez no sea merecedora del amor,

O capaz todavía no me encontró,

Y siento tanto y tan fuerte,

Por aquellos que me dieron tan poco.

Tal vez no sea merecedora de una familia,

Porque toda mi vida anhelé a una,

Que nunca existió,

Y que en mis sueños más dulces,

Una vez me saludaron con sus manos chiquitas.

Y hoy sé que este saludo,

Era una despedida de algo

Que nunca vendría a ser.

Tal vez nasci para estar sola,

Y aprender a lidiar con

Mis proprios problemas.

Un alma de mamá sin hijos,

Que busca acoger y a maternar a todos,

Mientras se acuesta en la cama vacía,

Sin nadie que la cele.

Acogiendo a todos,

Mientras en el fondo,

Sólo quiere un abrazo caluroso,

Y una sonrisa sincera,

De un amor que me quiera.

E é essa a minha intenção nesse post, o meu top 4 lugares para comer uma comidinha brasileira gostosa.

1. Peqube.

2. Imperio da Coxinha

3. Neway Market

4. Açaí Brasil

Vou confessar, eu não gosto de açaí, mas todas as pessoas que eu conheço (e confio) amam o açaí do Açaí Brasil, então não podia deixar de falar sobre eles. Há novas lojas espalhadas por Buenos Aires facilitando o acesso. Assim como no Brasil, você pode combinar o seu açaí com várias coisas diferentes para ficar do jeitinho que você gosta.

Se você mora em Buenos Aires, que outro lugar recomenda para matar saudades do Brasil? Como dizem por acá: panza llena, corazón contento.

P.S.: Eu ia falar do restaurante Morro de São Paulo que tinha um baião de dois deliciosíssimo, mas fui procurar e acho que eles fecharam... :( 

P.S.2: Até hoje não encontrei um strogonoff que fosse bom o suficiente para o preço que cobram, se souberem de algum lugar, me avisem (enquanto isso, continuo fazendo o meu strogonoff para mim e para os meus amigos, aliás, tem receita aqui no blog).

Talvez não será nessa vida e sinto muito por isso. 

Às vezes me pego imaginando como seria e como me sentiria, suas mãos pequenininhas, os olhinhos levemente puxados e uma risada gostosa.

Eu vendo como você seria parecida a mim e ao mesmo tempo não, com as suas manias e jeitinho único. Estaria ali, te acompanhando em todos os momentos importantes: a primeira palavra, o primeiro passo, o primeiro dia na escola. Não só nos bons primeiros, mas também nos ruins, estaria ao seu lado dando um abraço reconfortante depois de um dodói, da primeira decepção amorosa e das frustrações da vida. Seria o seu porto seguro e compartilharíamos muita coisa juntas, eu fazendo o meu melhor para você se tornar uma boa pessoa e conquistar todos os seus sonhos.

Mas isso ainda não aconteceu, não passei noites em claro pelo seu choro, nem fiz a festa do seu primeiro aninho, porque você ainda está muito longe de existir. E aqui estou, apegada à memórias que talvez nunca chegarão a existir.

Tema do mês de outubro: Uma criança

Hoje venho aqui trazer uma receita bem simples e saborosa de abobrinha recheada com carne moída. Fiz tudo meio a olho, porque depende da quantidade e também do tamanho da abobrinha. Então vamos lá!

Ingredientes:

♥ Carne moída (usei aproximadamente 250g para 3 abobrinhas, o restante – comprei 1kg - usei para fazer molho à bolonhesa);

♥ 3 abobrinhas;

♥ Queijo muçarela;

♥ Temperos da sua preferência;

♥ 1 cebola picadinha;

♥ Alho;

♥ Um pouco de vinho tinto (opcional);

♥Molho de tomate;

♥ Salsinha;

♥ Cebolinha.

Modo de preparo:

1 – Em uma frigideira, refogue alho e cebola. Aproveitei para acrescentar páprica/pimentão doce e sal.

3 – Enquanto isso, lave bem a abobrinha, corte uma parte e tire todo o recheio e as sementes (reserve porque vamos usar depois).

4 – Uma vez que a carne esteja pronta, acrescente um pouco de vinho e misture. Uma vez incorporado o vinho, acrescente o recheio da abobrinha e refogue tudo junto.

5 – Acrescente o molho de tomate e os temperos do seu gosto (eu coloquei orégano, noz moscada, um pouquinho de pimenta negra).

6 – Uma vez reduzido o molho (eu não gosto que esteja tão líquido, para não vazar ou perder todo o molho ao abrir a abobrinha), coloque a salsinha. Reserve.

5 – Corte o queijo e coloque um pouco no fundo da abobrinha, acrescente a carne moída com molho e termine com uma camada de queijo.

6 – Leve ao forno à 200ºC por aproximadamente 15 minutos.

As pernas curtas subiam correndo aquele corredor de cimento batido e paredes ásperas, as beiradas do muro protegidos por cacos de vidro de garrafas velhas e o sol recém amanhecido que parecia sorrir para aquela criança de cachos incontroláveis. 

Atrás dela vinha sua avó, que ajudou a abrir o portão de casa ao som dos latidos dos cachorros, a rua ainda estava calma pelo horário e elas puderam atravessar tranquilamente. Subiram a rua até chegar na avenida e logo na esquina o cheiro de pão francês do seu Augusto exalava. 

A criança saltitou até a padaria e entrou cumprimentando a moça que terminava de colocar os pães fresquinhos no mostrador. 

Meia dúzia de pães francês pediu a avó enquanto a criança observava os trabalhadores no fundo da padaria tomando café com leite no copo de vidro e um misto quente feito na hora. 

O som da chapa tostando o pão com manteiga e derretendo queijo, além dos copos de vidro pousando sobre as mesas altas de mármore conformavam uma sinfonia única. O cheirinho de manteiga derretida, pão quentinho e café inundavam o lugar. 

A avó tomou a mão da criança vendo o quanto estava distraída e foram até o caixa. Ali estava o seu Augusto, um senhor de bigode branco e com um sotaque português quase imperceptível. A avó pagou, mas sem antes do padeiro dar de presente uma bala 7belo, das várias que tinha no mostrador perto do caixa, para a criança. Para adoçar um pouco o dia, ele dizia. 

A volta da para casa sempre era assim, uma bala na boca e um abraço quentinho de pães recém-saídos do forno. Um quentinho que aquecia o coração. 

Já imaginou comer em um lugar com mais de 100 anos de história e que transporte diretamente para outra época?

Essa é a Confiteria La Ideal localizada em uma ruazinha sucinta, pertinho do Obelisco, é um dos Bares Notables de Buenos Aires com muita influência da Bela Époque. Não tenho nem palavras para descrever os detalhes desse restaurante, a atenção e o clima desse lugar.

O restaurante foi aberto em 1912 e recebeu inúmeras celebridades, políticos e reconhecimentos.

Super tranquilo, luz amena, ambiente confortável, comida abundante e de boa qualidade, mas se prepare porque tem o seu preço. Se converteu em um dos meus lugares favoritos e é super fácil de chegar de metrô.

A Confiteria La Ideal não é somente restaurante, também há uma lojinha na frente onde você poderá comprar alguns docinhos estilo francês, como eles mesmos dizem no site, “pâtisserie & boulangerie”. Você também pode reservar um salão para eventos e participar de uma proposta gastronômica do chef da casa.

Há um menu de cerimônia do chá com diferentes docinhos. Eles até possuem um menu inspirado na Bela e a Fera! Você pode tomar café da manhã, almoçar, comer um lanchinho da tarde ou jantar.

Horário: 07:00 à 00:00 todos os dias, sábados de 07:00 à 01:00.

Instagram: @confiterialaideal

Site: https://laideal.ar/

Reservas: Reserve sua mesa | Confitería La Ideal

Endereço: Suipacha 384, Ciudad Autónoma de Buenos Aires

Um som, um cheiro, uma sensação. 

A chuva no final de tarde, 

A calça bailarina do colégio, 

O pão de queijo do recreio. 

O pastel portuguesa da dona Maria, 

A feira de terça-feira com caldo de cana, 

Moça bonita não paga, 

mas também não leva.

Paulista na Consolação, 

Consolação na Paulista.

Next Station: Trianon-Masp. 

Comer churros na galeria de Santana, 

Calcinhas à preço de banana, 

Vestidos do Brás, 

Coisinhas da 25. 

A padaria da esquina, 

A doceria com o melhor bolo brigadeiro, 

O mesmo lugar das fotos 3x4,

O mercadinho familiar. 

Subir e descer a avenida,

Com tantos encontros e desencontros, 

Onde o passado se faz presente,

E tempos que não voltam mais. 

Onde tudo é igual, 

E ao mesmo tempo diferente. 

Memórias que se tornam vivas,

E se renovam ao voltar.